Na obra "Utopia", de Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. Todavia, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, haja visto os desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Diante desse cenário antagônico, é possível pontuar a lacuna educacional e o silenciamento midiático como impulsionadores do problema.
Sob esse viés, é essencial apontar a falta de ensinamentos como propulsor da problemática. Segundo Immanuel Kant, filósofo iluminista, "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.". Nesse contexto, os meios educacionais se tornam culpados, visto que, a educação que eles transmitem não traz as tradições africanas em primeiro plano - mesmo estas sendo um elemento fulcral da história brasileira -, assim, configurando a população como desinformada sobre sua própria cultura.
Outrossim, a omissão da mídia também contribui para a perpetuação do problema. De acordo com George Orwell, escritor inglês, "A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa". Diante dessa perspectiva, é notório que os veículos midiáticos mostram, apenas, aquilo que eles julgam de valor, tornando certos temas "invísiveis" ao olhar da sociedade, como a valorização da herança africana no Brasil.
Portanto, urge que medidas sejam tomadas para a mudança dessa situação. Logo, cabe a o Governo Federal, como Ministério da educação, criar a campanha "Raízes Históricas" que tem como objetivo ensinar sobre as heranças culturais de nossos ascendentes, isso aconteceria por meio da inserção dela nas escolas, a fim de que o povo brasileiro aprenda sobre seus antepassados - como os africanos - e aprenda a valoriza-los. Ademais, é dever da mídia colocar destaque na herança cultural africana, pois, esta faz parte importante na formação dos brasileiros.