O Brasil desde o império manteve-se um país folclorizado e misto no contexto cultural de miscigenação, porém as marcas da escravidão portuguesa e a busca mercantilizada aos interesses da metrópole transformaram o novo mundo as injustiças de dogmas Europeus de superioridade racial.
De fato os movimentos abolicionistas do século 19 indagavam a representação de um sentimento igualitário ao qual evidência a que o castigo não era só físico mas moral, isso representava o reconhecimento dos povos africanos e seus descendentes aos direitos por sua representatividade e incitava uma política ampla nas formas de convívio social de nação que é politeísta no culto a religião mas que tinha profundas marcas do catolicismo português e imperialista.
Além disso as marcas do racismo estrutural se entrelaçam com a desigualdade humana, pois a mudança aos interesses republicanos salientou o sofrimento das populações periféricas nos grandes centros urbanos, a persistência do abandono trouxe marcas de exclusão social e acesso a representatividade frente ao pluralismo político que buscamos construir desde a república velha e oliguarquica que produziu esteriótipos e rebaixou contextos humanos.
Atualmente o Brasil é de uma amplitude diversa nas questões sociais e de direitos humanos, resgatar a cultura africana é abordar o quanto o movimento negro representou nos anos 60 para os EUA e para a Europa imperialista, é incluir as tradições do campo, da religiosidade, das manifestações artísticas e musicais, bem como o contexto linguístico nas formas de estruturação da língua oral e sua predominância.
Em síntese a literatura expositiva de Lima Barreto e Machado de Assis representam não a aniquilidade da sociedade, mas previram que instâncias de sofrimento e mazelas sociais moldam a cultura humana em dar voz na construção cultural de um país em suas diversas dinâmicas urbanas.