A filósofa contemporânea Hannah Arendt destaca pelo seu conceito denominado "Banalidade do Mal"a tendência existente nas sociedades no que tange a naturalização das mazelas na coletividade.Nessa vertente,observa-se na realidade brasileira atual as proposições que a autora pega como os desafios para a valorização da herança africana no Brasil que se tem barreiras nesse meio seja pelo descaso Governamental,seja pelo déficit educacional.
Diante desse cenário,cabe ressaltar que a inéficacia da ação Governamental contribui para pouca visibilidade necessária á herança africana no Brasil,como a invisibilidade dessa cultura nos livros de história que enaltece sempre os portugueses como heróis e os africanos como escravos e inferiores.Nessa ótica,a antropóloga Lillia Schwarcz elaborou o termo "política de eufemismo",ou seja,determinados problemas tendem a ser suavizados,deixando de receber a devida visibilidade necessária. Nese viés,o Estado falha ao não garantir uma adequada condição de cultura e representatividade africana na sociedade brasileira,o que afeta negativamente a cultura africana no Brasil. Visto que,a falha Governamental torna-se um obstáculo para a superação dessa problemática.
Além disso,o déficit educacional é mais um dos fatores que agravam esse impasse.Nesse sentido,tendo em vista a falta de conhecimento e de implementação nas escolas sobre a herança africana que resulta na exclusão dessa cultura,afetando negativamente indivíduos que se apropriam dessas heranças que cria suas identidades a partir delas,e não tendo esse conhecimento cultural se tem a desvalorização e também a vulnerabilidade à preconceitos,e a escola como sendo um ponto de apoio ajudará a ter esse reconhecimento e valorização da herança africana no Brasil.Como afirma o educador e filósofo Paulo Freire "se a educação sozinha transforma a sociedade,sem ela tão pouco uma sociedade muda".Assim,o déficit educacional fere uma integridade e uma cidadania plena.
Torna-se evidente,dessa forma a necessidade de superar os desafios supracitados a respeito da valorização das heranças africanas no Brasil. Para isso,o Governo Federal mais especificamente o Ministério das Comunicações deve promover campanhas de conscientização sobre a herança africana,como são suas técnicas,tradições e cultura ao todo.Ademais,cabe ao Ministério da Educação desenvolver na grade curricular dos alunos pautas de heranças africanas dando conhecimento e valorização a cultura,afim de ter uma sociedade igualitária e uma cidadania.Logo,a frase de Hannah Arendt não se adequará na sociedade brasileira.