A Constituição Federal, promulgada em 1988, garante a todos os cidadãos brasileiros o direito . Entretanto, ao considerar a carência de medidas para a valorização da herança africana no Brasil, verifica-se que esse preceito é constatado apenas na teoria, não na prática. Dessa forma, é evidente que a problemática se desenvolve não apenas em decorrência da negligência governamental, mas também em virtude do preconceito enraizado, diante desse quadro alarmante.

A princípio, nota-se como a negligência governamental persiste na sociedade brasileira contemporânea, visto que o governo não tem atribuído a devida importância para a valorização da herança africana no Brasil. Na obra "Ética a Nicômaco" do filósofo Aristóteles, a política tem como objetivo garantir a felicidade dos cidadãos. Entretanto, a desvalorização da herança africana no Brasil, presente no cotidiano dos brasileiros, tende a comprovar a ausência de políticas públicas eficazes no país.

Ademais, nota-se o preconceito enraizado como um fator que dificulta a resolução da problemática. De acordo com o sociólogo Theodor Adorno, há uma forma de padronização do ser humano, que, além de aceitar a realidade em que está inserido, acaba promovendo a permanência desse determinismo. Desse modo, diante dos desafios para a valorização da herança africana no Brasil e, infelizmente, dessa objetificação, o quadro atual é perpetuado.

Infere-se, portanto, a necessidade de combater os problemas causados pela negligência governamental e pelo preconceito enraizado. Para isso, é necessário que o governo, como agente responsável pelos direitos humanos, adote medidas eficazes para combater esses problemas. A promoção de palestras e campanhas com profissionais capacitados, por meio das mídias sociais, é uma estratégia viável para sensibilizar a população e fomentar ações conscientes. Assim, com uma abordagem integrada e coletiva, podemos construir um futuro mais justo, equitativo e inclusivo, onde os direitos humanos sejam respeitados e protegidos.