Segundo o artigo 5 da Constituição Federal brasileira, "Todos são iguais perante a lei", ou seja, todos devem ter os mesmos direitos como cidadão. No entanto, atualmente, nota-se que a valorização da herança africana no Brasil é precária devido às leis insuficientes, da invisibilidade governamental, e da educação familiar e escolar escassa.
Nesse contexto, observa-se o preconceito e a desvalorização da matriz africana nos setores políticos, social e, principalmente, no educacional. Devidos aos acontecimentos históricos marcados pela escravidão e o tráfico negreiro, é de suma importância conscientizar os jovens, que formarão a nossa sociedade futura, a não cometerem os mesmos erros de nossos antepassados e erradicar o racismo enraizado em nossa sociedade, através da educação.
Além disso, dados estatísticos mostram que há grande índice de vandalismo em áreas pertencentes as matrizes africanas, e muitos são retirados de seus territórios. O índice de violência e mortalidade estão aumentando, e a apatia social e governamental direcionada a este público apenas intensifica o problema, deixando os causadores esquecerem que as limitações de seus direitos é quando se inflige o do outro.
Portanto, conclui-se que o Estado deveria impor e rediscutir leis suficientes para que a cultura africana seja devidamente valorizada e respeitada, recebendo a segurança e proteção que condiz seus direitos. Além disso, deve ser implementado no setor educacional a conscientização da importância desta cultura e como erradicar o preconceito racial e cultural de nossas famílias e sociedade. Pois, assim como diz Paulo Freire, "se a educação sozinha não muda a sociedade, tão pouco sem ela a sociedade muda".