A Constituição Federal de 1988 assegura que todos os cidadãos possuêm direito à igualdade e educação, porém, nota-se que no contexto atual esta garantia não está sendo cumprida adequadamente, pois, caminhos ainda precisam ser traçados para promover os desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Logo, é essencial disseminar informações e promover o conhecimento sobre a comunidade africana, além de que é necessário que sejam tomadas medidas para eliminar o racismo e o preconceito do cotidiano e assim tornar a sociedade mais justa e equitativa para todos.

Em uma primeira análise, nota-se que o preconceito com a população afrodescendente está diretamente ligado a falta de inclusão dos negros no âmbito educacional, social e político, tornando assim os direitos de um negro significativamente menores que os de um branco; essa comparação fica ainda mais discrepante quando leva-se em consideração a religião, sexualidade e as condições socioeconômicas do indivíduo. "A inclusão acontece quando se convive com as diferenças não com as igualdades.", a afirmação de Paulo Freire diz que para que todos sejam iguais perante a lei, as diferenças devem ser aceitas para que a inclusão seja consolidada na sociedade.

Ademais, a falta de aprofundamento nas escolas sobre a herança africana, dificulta que as demais esferas da sociedade reconheçam sua importância na cultura brasileira. De acordo com Nelson Mandela, a educação é a arma mais forte de uma nação, ou seja, todos os conhecimentos que a nação carece sobre as matrizes africanas se deve principalmente a precariedade do sistema escolar. Com isso, o âmbito educacional deve ser reforçado para que as informações da população afrodescendente adentrem na sociedade, fortificando a diversidade cultural.

Portanto, para reverter o quadro de preconceito e desinformação, cabe ao Estado a criação e fiscalização de leis que assegurem a introdução da comunidade negra às esferas políticas e sociais, assim como ao Ministério da Educação que deverá promover nas escolas palestras para repassar os conhecimentos sobre as matrizes africanas; a mídia como disseminadora de informações deve também contribuir através de campanhas e movimentos digitais inclusivos. Assim a ordem será restaurada e a herança africana valorizada e preservada.