Segundo Thomas Hobbes, é dever do Estado garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Apesar dos africanos terem feito parte da história do Brasil, não há valorização desses povos, pois, por conta da negligência governamental e do fato da mídia não oferecer credibilidade a esses grupos, a desvalorização da herança africana é vista na sociedade brasileira. Dessa forma, é imprescindível haver um posicionamento tanto do governo, quanto da mídia para que o problema não permaneça intrínseco à nação.

Em primeira análise, um dos principais fatores para a continuidade dos desafios para a valorização da herança africana no Brasil é a negligência governamental. Nesse sentido, o Estado que deveria atuar como responsável pelos direitos previstos na Constituição federal de 1988 -como saúde educação e segurança-, falha na criação de políticas públicas que incentivem a valorização da herança africana nas escolas. Conforme John Locke, o Estado existe para proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, mas, ao não cumprir essa função prejudica-se a população. Esse descaso fica evidente ao observar a situação das escolas onde muitas vezes há despreparo dos professores, agravando ainda mais a situação.

Ademais, outro fator que desencadeia a permanência de um impasse em um país, é a omissão midiática. Segundo Aldous Huxley, os fatos não se tornam inexistentes quando ignorados. Sob essa perspectiva, a ideia supracitada se amplia no âmbito nacional, de tal maneira que a mídia silencia a necessidade da valorização africana no Brasil, de modo que, os indivíduos afetados deixam de conhecer a história de seu país, gerando o impasse. Dessa forma, em razão do silenciamento das mídias de informação o impasse é visto na sociedade brasileira.

Portanto, fica evidente que a negligência governamental e omissão midiática são prejudiciais para uma devida diminuição da falta de relevância da herança africana no Brasil. Por isso, o governo deve investir em políticas públicas por meio de projetos sociais escolares, com o intuito de minimizar os impactos negativos da desvalorização da história africana. Simultaneamente a mídia deve divulgar informações sobre a história dos povos africanos por meio de telejornais para que alcance o maior número de pessoas e, consequentemente, reduzir os desafios supracitados.