No seriado "Todo mundo odeia o Chris", o protagonista sofre com o racismo em sua escola, que por consequência disso, acaba impossibilitando-o de ter os mesmos direitos dos demais alunos. De maneira análoga a isso, observa-se que, no contexto atual do Brasil, o Estado vê a valorização da herança africana no Brasil com descaso, tendo em vista o grande número de pessoas que sofrem com discriminação por conta da cor da pele. Por conta disso, diversas pessoas são vítimas do silenciamento mídiatico, visto que campanhas sobre o racismo não vem tendo a devida atenção.
Sob esse viés, é importante destacar, em primeiro plano, o problema com o Poder Estatal que não atende com a sua função social de garantir direitos iguais a todos os cidadãos. A Constituição Federal de 1988 diz que, "Todos são iguais perante a lei, sem a distinção de qualquer natureza". Em relação à isso, percebe-se que o Estado é ineficaz quando se trata de discriminação pela cor da pele, indo pela direção contrária da Constituição. Ao longo dos anos o racismo cem sendo uma questão muito difícil, tendo em vista o grande número de crimes e mortes relacionados ao racismo, e isso se dá pela falta de participação do Poder Estatal. Por consequência desse fator, as escolas públicas vem sendo local onde o racismo e o bullying mais prevalece.
Outrossim, é imperioso destacar, em segundo plano, o problema com as mídias digitais que se tornaram terra sem lei, onde qualquer tipo de crime ou preconceito não terá nenhuma advertência. Segundo a filósofa Hanna Arendt, "A essência dos direitos humanos é o direito em ter direitos". A frase da filósofa remete à ideia de todos terem os mesmos direitos, no entanto, nas mídias isso não se estabelece. Isso é notório com o baixo alcance que as campanhas contra o racismo vem tendo, campanhas de conscientização são ofuscadas por influencers postando coisas desnecessárias, ou por celebridades divulgando conteúdos que não favorecem para a divulgação de projetos contra o racismo.
Portando, é notável que são fundamentais a criação de alternativas para amenizar o impasse citado. Logo, o Ministério dos Direitos Humanos, responsável por garantir a equidade dos cidadãos, deve iniciar projetos de conscientização por meio das escolas públicas e nas redes sociais, a fim de minimizar a discriminação racial no Brasil.