“UBUNTU” é uma filosofia, significa “Eu sou porque nós somos”, ela demonstra a união do povo africano, que desde a Antiguidade luta para poder existir. Com isso em mente, é imperativo notar a resistência de uma cultura que sempre é vista como inferior, algo tão presente na sociedade que até mesmo pessoas com origens afro não se reconhecem como pretas. Tal atrocidade é causada pelo racismo estrutural e pela violência policial.
É notório que, o racismo estrutural possui esse nome pois já está enraizado nas pessoas, ao ver a cor de alguém, muitos já pressupõem algo. Diante dessa informação, é comum pensar na base da sociedade,
pessoas pretas sempre as mais pobres, residindo em locais afastados, etc, essa perseguição é extremamente perigosa, afinal, tem registros disso, a eugenia que tentaram fazer no Brasil no século passado, pelo branco ser o ápice da evolução, segundo o Racismo Científico, eles iriam purificar o Brasil, visando acabar com os pretos. Então, como algo tão desumano e recente ocorreu, marcas foram deixadas e se manifestam até hoje, como essa desvalorização da cultura “inferior”.
Além disso, a violência policial também contribui e muito para o problema, pois, muitos têm medo de se expressar por conta de uma possível represália. Isso mostra que, os policiais brasileiros possuem uma maneira de agir, eles são ensinados a perseguirem negros, algo evidente, visto que, segundo pesquisas, no Brasil, mais de 70% dos presidiários são pretos ou pardos. Logo, é perceptível que os agentes que estão em cargo de proteger as pessoas podem se transformar no motivo de alguém precisar de proteção.
Portanto, é claro que o Artigo 5° da Constituição Federal não está sendo garantido, em teoria, todos são iguais perante a lei, na prática, isso é uma falácia. É necessário que o Governo Federal dê oportunidade e local para pessoas pretas se expressarem, através de palestras nas mídias sociais e na TV aberta, desse modo, essas mensagens chegarão em todos, independente da faixa etária, pasta que assim, a população enxergue suas raízes e dê valor as heranças culturais africanas no Brasil. Dessa maneira, o país da miscigenação será capaz de aceitar e realmente compreender sua história.