Na obra "Utopia" do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas.No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que os desafios para a valorização da herança africana no Brasil,apresenta barreiras as quais dificultam a concretização dos planos de More.Esse cenário antagônico é fruto tanto do preconceito racial, quanto da desinformação sobre os povos africanos. Diante disso torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.
Precipuamente, é fucral pontuar que a desvalorização da herança africana, deriva da baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne a criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar de toda a população, entretanto, isso não no Brasil.Devido a falta de atuação das autoridades, o preconceito racial encontra-se presente, uma vez que a sociedade tende a tornar o povo africano uma raça "inferior", o que gera problemas sociais, dentre os mesmos a exclusão, falta de oportunidades, que vão desde a falta de emprego, até uma rejeição, apenas por questões raciais.Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Ademais, é imperativo ressaltar a desinformação sobre os povos africanos como promotor do problema.De acordo com o Instituto Brasileiro de Geologia e Estatística (IBGE), cerca de 15% da população brasileira nunca ouviu ou se interessou pela história da tão rica herança do povos africanos.Partindo desse pressuposto, podemos relembrar a herança e o grande legado por Zumbi dos Palmares, que nos trás à memória a grande resistência do povo africano. Tudo isso retarda a resolução do empecilho, já que a desinformação, contribui para a perpetuação desse quadro deletério.
Dessa forma, medidas exequíveis são necessárias, a fim de mitigar a problemática. Outrossim o Tribunal de Contas da União deve direcionar verba, que por intermédio do poder público, será revertido em campanhas de consientização, e maior aprofundamento sobre os povos africanos nas escolas, com o objetivo de gerar a verdadeira valorização da herança dos povos africanos. E assim a coletividade alcançará a Utopia de More.