O seriado americano "Todo mundo odeia o Chris" retrata a história de um jovem negro a partir de referências e celebrações de figuras importantes de seu povo. Entretanto, observa-se que a sociedade brasileira produz um caminho inverso aos ideais da obra, visto que no país há dificuldades para a valorização da herança africana, promovendo o preconceito e a desvalorização desses povos. Logo, é válido destacar a negligência estatal e a deficitária formação do cidadão como suscitadores da problemática.

Salienta-se, sob esse viés, que a indiferença do Estado está intimamente relacionado com o revés. Dessa forma, o escritor brasileiro Gilberto Dimenstein elucida que a omissão das instituições públicas apresenta uma barreira na materialização dos deveres jurídicos. Com base nisso, nota-se que o pensamento de Dimenstein é ratificado à medida que a falta de ação do governo, caracterizado pelo precário investimento na cultura afro-brasileira o na ineficiência do combate ao racismo, contribui para a inércia da desvalorização dessa cultura. Assim, enquanto essa conduta permanecer, o legado da África continuará enfrentando desafios no território.

Ademais, torna-se essencial mencionar a pouca conscientização do cidadão como um fator crítico nesse quadro. Diante disso, o educado Darcy Ribeiro argumenta que a educação de qualidade, universal e inclusiva é uma ferramenta essencial para a superação das questões sociais. Entretanto, percebe-se que o pensamento de Ribeiro não é atuante no Brasil, visto que o ensino africano no Brasil, representado pela falta de material didática e a pouca atenção nessa cultura, ajuda na manutenção da invisibilidade da cultura africana. Em suma, a educação precisa ser modificada para que uma resolução seja efetivada.

Portanto, visto os fatores que influenciam negativamente na temática, medidas são necessárias para combatê-los. Em vista disso, com o fito de mitigar os desafios da valorização da cultura africana no Brasil, cabe ao Governo Federal - promotor do bem-estar social - promover o fomenta dessa cultura, por meio do investimento na educação e pela elaboração de uma grade curricular inclusiva e justa, concebendo o devido espaço para essa população no ensino. Por fim, com essas soluções, a identidade da África será mantida no território.