Com objetivo de assegurar uma vida digna, livre e igualitária a todas os cidadãos, o artigo 5° garante, na teoria, um Brasil ideal e igualitário. Todavia, tal lei presente na constituição federal de 1978 é desafiada, uma vez que, o desafios para a valorização da herança africana no Brasil emergem uma constante exclusão social, a qual impede a garantia dos direitos iguais as classes menos favorecidas Nesse contexto, percebe-se a configuração de uma grave problemática que se enraíza na base educacional lacunar e na priorização dos interesses financeiros.
Nesse cenário, encontra-se, de início, que a restrição educacional é um fator que evidencia o caso. Para Simone de Beauvoir, "cada um de nós é responsável por tudo e por todos os seres humanos.". entretanto, essa responsabilidade está distante quando se tem os impedimentos para a valorização da Cultura africana, visto que, as pessoas negligenciam a importância de um fator histórico e emblemático para a nação por falta de conhecimento e informações que buscam incentivar o respeito adotando ações - como a disseminação da desigualdade social - que não permite um entendimento respeitoso. Dessa forma, necessita-se do auxílio mútuo para mudar essa realidade.
Paralelamente, a supremacia dos interesses financeiros é um entrave no que tange ao referente. Zygmund Bauman afirma que "os valores da sociedade estão sendo colonizados pela lógica de mercado.". Tal constatação e nítida nos obstáculos para o ato de valorizar a tradição da África no país, já que, a busca exacerbada pelos interesses mercadológicos por parte do governo, colocam as preocupações sociais em segundo plano, evidenciando decisões - como o não investimento em elementos culturais, o que perpetua o esquecimento desses povos tradicionais. Logo, inverter esta lógica por medidas inclusivas é beneficente.
Portanto, é necessária a precisão de intervir para mudar essa realidade. Para tanto, as instituições de ensino devem, por meio de campanhas públicas e privadas, promover estratégias e dinâmicas que tragam para a atualidade a importância de conhecer os patrimônios de origem africana e a relevância de aderir informações sobre a temática, a fim de conscientizar todos em relação à existência dessa cultura, garantindo o respeito e a inclusão. Tal ação pode, ainda, ser realizada através de parcerias com os eixos estatais, além da propagação nas redes midiáticas. Em sequência, é necessário trabalhar sobre a priorização dos interesses econômicos. Com isso, poder-se-á assegurar de forma justa o que está descrito na constituição federal.