Para Lev Semionovitch, o indivíduo é fortemente influenciado pelo meio no qual está inserido, podendo adotar um comportamento preocupante. Partindo dessa ideia, podemos analisar os desafios para a valorização da herança africana, como um problema imerso nesse contexto, visto que o indivíduo, alienado a uma sociedade que desvaloriza tal herança, tende a desvalorizá-la também. Para o entendimento do empeçilho, cabe ressaltar duas entraves: a indiferença dos sujeitos com a importância dessa herança e a ausência de políticas públicas que formentem a valorização dela.
Primordialemnte, é necessário ressaltar a indiferença dos indivíduos com as heranças culturais, como grande formentadora do problema. Ao analisá-la, vale citar que, para Kant, o indivíduo está inserido em uma menoridade intelectual, fazendo-o não ter controle sobre seu intelecto e impedindo-o de adotar um senso crítico. Neste caso, o sujeito sem seu senso crítico, não cosegue visar a valorização africana como premissa importante, tornando um problema para a temática.
Ademais, cabe retomar a ideia de que a ausência de políticas públicas, que formentem o tema, é também um grande desafio para o contexto. Para Gilberto Dimenstein, o estado, apesar de ser eficaz na teoria, não se concretiza na prática. Partindo dessa máxima, podemos perceber que ela se encaixa na realidade brasileira, uma vez que o estado não disponibiliza maneiras eficazes para valorizar a cultura africana, e acaba por desvaloriza-la também.
Portanto, para que os desafios para a valorização da herança africana sejam atenuados no Brasil, cabe ao Ministério da Cultura e ao estado, promoverem leis de valorização cultural e campanhas informacionais sobre a importância dela, de modo que a população e seus sujeitos possam aprender e entender a importância dessa herança para o Brasil e sua história.