De acordo com o artigo 3 da Constituição Federal de 1988, é dever do Estado promover o bem-estar de toda a população, independente de raça, sexo, idade, cor e outras diferenças. Todavia, são notórios os desafios para a valorização da herança africana no Brasil, afetando o bem-estar e o desenvolvimento nacional. Dessa forma, faz-se necessário refletir sobre a história afro-brasileira na educação e desigualdade racial existente no território brasileiro.
Em princípio, cabe analisar a maneira na qual a história afro-brasileira é tratada na educação brasileira. Nessa ótica, percebe-se que essa não retrata a história e cultura africana trazida ao Brasil pelos escravos no período colonial, mas mostra como foi o passado escravocrata. Para o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. Nessa visão, deve-se ressaltar que, para a frase de Nelson ser verídica, a população deve ser educada de forma que a herança africana no Brasil seja valorizada e preservada.
Ademais, é válido ressaltar que, ainda na contemporaneidade, a desigualdade racial existente no Brasil é enorme. De acordo com o IBGE, mais de 50% da população brasileira é formada por pessoas pretas e pardas. Contudo, ao analisar os cargos políticos mais altos, nota-se que são compostos, em sua maioria, por pessoas brancas. Sob esse viés, nota-se que a população negra no Brasil é mal representada na política, de maneira que a herança africana não seja tratada como prioridade por grande parte dos candidatos eleitos.
Por fim, entende-se como os desafios para a valorização da herança africana no Brasil afetam o desenvolvimento da nação. Dessa forma, faz-se necessário que o Ministério da Educação modifique o plano de ensino, de maneira que esse trate sobre personalidades afro-brasileiras, a fim de preservar a cultura africana, da mesma forma, a mídia deve promover propagandas que mostrem a falta de representatividade no cenário político brasileiro. Somente assim a Constituição Federal será assegurada.