A música "filho do dono", escrita por Flávio José diz em um de seus trechos "desigualdade rima com hipocrisia, não tem verso nem poesia que console um cantador". De maneira análoga a obra, a população brasileira convive diariamente com a hipocrisia onde a luta pela valorização das herança africanas no Brasil, ainda é um assunto descriminado e pessoas negras lutam todos os dias pela valorização de sua cultura. Diante disso, temos o descaso governamental e o preconceito como principais desafios para a valorização dessas heranças.
Em primeira análise, temos o descaso governamental como um dos propulsores para a dificuldade dessa valorização. Onde o afastamento da cultura de todo um povo, a falta de ações e interesse pelo tema pode impulsionar para o esquecimento de raízes antigas. Diante dessa falta de reconhecimento, onde a transmissão dessas culturas e legados são muitas vezes esquecidas por quem tem o poder ativo do povo em suas mãos.
Somado a isso, o preconceito atua como um dos principais desafios para a resolução da temática. Segundo a Constituição Federal de 1988, todo e qualquer cidadão tem o direito de se expressar garantido por lei, mas o preconceito e a injúria racial retiram, muitas das vezes dos cidadão os seus direitos e voz ativa. Impedindo-lhe de mostras livremente a sua cultura e as herança deixadas pelos antepassados. Sendo então dever do governo o monitoramento para a garantia desses direitos.
Portanto, a valorização dessa cultura é um assunto que deve ser trabalho constantemente. Cabe então ao Ministério da Cultura promover campanhas e projetos por todo o país, incluindo jovens negros em lugares para o estudo e entendimento do seus passado, juntamente com o governo que deve criar e colocar em prática leis para a punição de quem diminuir a luta desse povo, ressaltando a beleza e levando esse reconhecimento devidamente merecido para além das fronteiras. Tornando assim, o Brasil um lugar com uma cultura ainda mais rica e inclusiva.