Conforme o filósofo Thomas Hobbes, "o homem é o lobo do homem", destacando a tendência humana à competição e à hostilidade em um cenário sem regras claras. Esse pensamento reflete a importância das instituições e das normas sociais para manter a ordem e garantir o bem-estar coletivo. No entanto, quando o Estado falha em cumprir seu papel regulador, o resultado é o agravamento de problemas como os desafios para a valorização da herança africana no Brasil, uma situação que prejudica o convívio social e intensifica as desigualdades. Dessa forma, é crucial analisar as causas da negligência governamental e a falta de conscientização social para compreender as consequências desse problema.

Inicialmente, é relevante recorrer ao conceito de anomia de Émile Durkheim, que descreve uma sociedade em colapso moral quando as normas e leis deixam de ser eficazes. No contexto dos desafios para a valorização da herança africana, a ausência de uma regulamentação eficaz por parte do Estado demonstra o descaso do mesmo em ralação à temática, o que pode ser considerado negligência governamental, resultando na invisibilidade de toda uma cultura. Durkheim afirma que, em situações de anomia, a desordem prevalece e o tecido social se fragmenta.

Além disso, Zygmunt Bauman, em Modernidade líquida, destaca como a modernidade fragmentou as relações humanas, tornando-as frágeis e superficiais. Aplicando essa ideia aos desafios para a valorização da herança africana no Brasil, observa-se que a "liquidez" das relações sociais e a falta de coesão tornam mais difícil a resolução da falta de informação social, resultando na falta de conscientização da população. Desse modo, a falta de empatia e de responsabilidade social torna o Estado e os indivíduos incapazes de lidar com as questões mais urgentes.

Portanto, para mitigar os impactos dos desafios para a valorização da herança africana no Brasil, é imprescindível que o Governo Federal, em parceria com ONGs e instituições de ensino, implemente um programa nacional de conscientização sobre o combate aos desafios para a valorização da herança africana. Além disso, é papel da mídia divulgar campanhas educativas, para promover o engajamento social e a debates públicos. Essa combinação de ações pode ajudar a reconstruir o tecido social e alcançar uma sociedade mais justa e igualitária.