Na obra "Utopia", de Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social, padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa da realidade contemporânea é o oposto do que o pensador prega, visto que, os "desafios para a valorização da herança africana", apresenta barreiras que, as quais dificultam a concretização de More. No cenário antagônico, é imprescindível enunciar os pilares da adversidade, tais como; o legado histórico e o sistema educacional fragilizado.

Diante desse cenário, é preciso debater, de modo mais detalhado, o comportamento coletivo, diante da temática em evidência. Conforme o filósofo Pierre Bourdieu, "não há democracia efetiva sem um verdadeiro crítico". Sob tal perspectiva, o Estado hodierno, mostra passividade e uma postura apática, que destoa do progresso Bourdieuseano. Sob essa lógica, o legado histórico foi um marco estrutural e atemporal, que revolucionou o território brasileiro em vários aspectos, como na música, arte, dança, comidas típicas, que por essência é diversa culturalmente. Entretanto, os africanos que vieram no período escravocrata, enfrentavam barreiras, como a discriminação, o racismo, a desigualdade social, a violência, que impulsionou na exclusão social, porém, existem problemas que impossibilitam o enredo da problemática.

No entanto, a Constituição Federal em 1988, vigente assegura direitos fundamentais para democracia e vida digna de seus cidadãos. Seguindo essa lógica, a falta de atuação do governo no sistema educacional intensifica em um aprendizado fragilizado, uma vez que, não adotam tais condutas para sanar esse problema, onde propagam imagens de pessoas negras, ao invés de proporcionar a verdadeira identidade brasileira. Todavia, a inoperância estatal corrompeu a sociedade, negligenciando a educação e apagando o legado histórico.

Portanto, é fulcral pontuar, que segundo Thomas Hobbes, "É dever do estado garantir o bem-estar social", ou seja, o governo precisa tomar atitude para mitigar e sanar essas adversidades, com programas institucionais, campanhas de conscientização, palestras escolares, visando em um ensino de aprendizagem baseado na cultura afro-brasileira. Dessa forma o pensamento de Thomas More e Thomas Hobbes, será concretizado, onde o caos instalado será mitigado e afastado da sociedade, e o país progrediria de forma próspera e harmônica, como a Constituição prevê.