A Constituição Federal, promulgada em 1988, Lei Suprema do País, garante em seu documento o direito a todo cidadão. Contudo, no cenário brasileiro, encontram-se desafios para a valorização da herança africana no Brasil, fato que expõe a falha da legislação. Ademais, isso ocorre devido à inoperância do governo e a uma lacuna educacional existente no país. Dessa forma, faz-se necessária a discussão desse assunto.
Nessa perspectiva, é imprescindível dizer que o descaso governamental interfere diretamente na desvalorização dos costumes africanos. Nesse contexto, é viável citar a obra do jornalista Gilberto Dismentein, "Cidadão de papel", onde é retratado que as normas oficiais não são concretizadas na prática. Análogo a isso, o Brasil é um país que possui diversos documentos que asseguram a valorização da cultura afro-brasileira, inclusive a homologação das religiões de matriz africana como patrimônio cultural. Porém, esses não estão em funcionamento efetivo, removendo o conhecimento dessas tradições históricas.
Outrossim, é a lacuna educacional que também influencia nos desafios para o reconhecimento da história africana. Bem como, já abordado pelo filósofo Francis Bacon, "conhecimento é poder", ou seja, para a sociedade visualizar a importância dessa, é necessário o conhecimento desse âmbito para o rompimento do estigma, que é um dos principais fatores que interferem nos desafios enfrentados nessa cultura.
Diante dos fatos retratados, é necessário que medidas sejam tomadas para a valorização de uma herança inestimável. Nesse sentido, é preciso que o Governo Federal do Brasil, juntamente com o Ministério da Educação, órgão responsável por promover o ensino de qualidade no país, elabore projetos educacionais por meio de palestras e oficinas lúdicas para os alunos do ensino fundamental, ressaltando a importância da cultura africana na história do Brasil, a fim de fomentar uma consciência cultural desde cedo. Assim, será possível uma ampliação e um reconhecimento dessas tradições afro-brasileiras.