O Artigo 6° da Constituição Federal de 1988, prevê que é um direito social o acesso a cultura. Todavia, a desvalorização e esquecimento das tradições africanas e afro-brasileiras é crescente no Brasil, tendo em vista a falta de integração dessa cultura nos ambientes educacionais e a ausência de visibilidade oferecida pela mídia a população brasileira.
Em primeiro análise, é de conhecimento geral que é a base da cultura brasileira tem raízes africanas. Atrelado a isso, a obra "Navio negreiro", escrito por Castro Alves, demonstra o horror vivenciado pela população africana escravizada, contudo, nas escolas, a história e legado desse povo é resumido a esse período. Portanto, faz-se necessário, ensinar crianças e jovens a dar o devido valor, não só a esse corte histórico, mas também a herança fornecida de grande importância para a formação cultural brasileira.
Em segundo plano, os meios de comunicação, na atualidade, tem um papel importante em oferecer visibilidade e engajamento a assuntos diversos. Porém, a intensificação e o debate da valorização do legado africano e afro-brasileiro em novelas, filmes e em redes sociais é pouco difundida e desvalorizada. Portanto, faz-se necessário o estímulo ao conhecimento da herança africana em meios digitais, para uma ampla visão das raízes que formaram a cultura brasileira.
Tendo em vista os argumentos supracitados, cabe ao MEC, órgão responsável pela promoção de uma educação de qualidade, conjuntamente com o núcleo gestor, adicionar na carga horária dos alunos, momentos de estudos e valorização da cultura africana, por meio de palestras educacionais, para que, assim, haja a valorização da herança desse povo.