A constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 5° o direito a identidade, como inerente a todos os cidadãos brasileiros. Porém, ao analisar de perto os desafios para a valorização da herança africana no Brasil, percebe-se que esse direito não é proporcionado de forma igualitária.

Partindo desse pressuposto, a omissão governamental é a principal causadora dessa desvalorização, uma vez que o Estado nao cumpre com sua função social. A obra "Ética a nicomâco" do filósofo Aristóteles, mostra como a política deve garantir a todos, os direitos basicos, como a identidade cultural, e, como o Estado deve investir no bem comum. Mas, fora da obra o Estado não cumpre com seus deveres, o que causa uma falência cultural enorme na vida da atual nação verde- amarela.

Ademais, é importante ressaltar a influência midiática como culpada dessa problemática, pois muitas vezes a midia se cala sobre problemas sociais. Na obra "ensaio sobre a cegueira", do autor José Saramago, é usado o termo "cegueira branca", que retrata como a imprensa de faz de cega em problemas sociais. Fora da obra não é muito diferente, diversas vezes a mídia se omite e usa sua influência para propagar notícias falsas e disseminar o ódio. Difícil essa ferramenta é usada para dar destaque a rica herança africana do país.

Em finalidade, para ocorrer a devida valorização da herança africana, cabe ao Estado promover medidas de inclusão, investindo na melhoria das aulas sobre escravidão, colocando profissionais capacitados nas escolas para palestrar sobre o quão importante é a herança africana. Desse modo, quando o Estado agir e respeitar o artigo 5° da constituição federal de 1988, o Brasil terá uma melhora significativa, e a rica herança africana será valorizada e acabará com parte desse problema vivenciado na população brasileira.