Na obra utopia, Thomas More detalha uma sociedade perfeita, onde o corpo social é caracterizado pela ausência de defeitos e o respeito entre os cidadãos. Fora da ficção observa-se justamente o contrário, uma vez que a invisibilidade do reconhecimento do legado africano no Brasil ressoa nos dias atuais. Esse cenário antagônico é fruto, tanto do preconceito histórico, quanto da negligência governamental.
Precipualmente, é fulcral pontuar que a desvalorização da cultura africana deriva de períodos históricos como a época da escravidão, o livro "História e cultura afro-brasileira" da autora Regiane Augusto retrata a chegada dos africanos ao Brasil, no século XIX, onde eles viviam situações precárias e encontraram meios para se expressar com outras etnias. Essa junção possibilitou uma vasta diversidade no Brasil, entretanto, pessoas e ideias que menosprezaram povo africano também ressoam nos dias atuais, assim ocasionando o irreconhecimento da cultura africana.
Ademais, é imperativo ressaltar que a negligência governamental também contribui para a falta de reconhecimento africano no Brasil, tangenciando mecanismos essenciais dentro das escolas, como matérias especiais, professores especializados, o promovimento ao acesso dos alunos a obras, possibilitando o reconhecimento de autores como Castro Alves, que defende que " bendito é aquele que semeia os livros e faz o povo pensar". Desse modo faz - se mister a reformulação da postura estatal, sendo necessário que tomem medidas necessárias para promover o conhecimento da sociedade.
Portanto, é imprescindível que a desvalorização da cultura africana seja uma realidade no Brasil, onde suas raízes tiveram grande importância. Assim é necessário que as autoridades como o ministério da cultura, promova a valorização dos povos tradicionais por meio de projetos nas escolas, reconhecimento histórico que promovam melhor entendimento da sociedade, assim ocorrendo o respeito entre os cidadãos idealizado por More em Utopia.