Na canção, "Sinto tanta raiva...", Baco Exu do Blues fala que "Nossa gente vencer, tem que deixar de ser raro". Fora da esfera musical, o cantor mostra á esperança dos Indivíduos afetados em relação aos Desafios para a valorização da Herança africana no Brasil. Todavia, a sociedade torna essa realidade bem mais cruel devido à omissão governamental, além da falta de empatia em uma sociedade passiva. Sob esse prisma, é pertinente ressaltar que o óbice aludido é agravado pela Inoperância do Poder público. Nesse escopo, a antropóloga Lilia Schwarz afirma que o Brasil pratica uma "política de eufemismo", realizada pelo descaso Governamental perante a problemática. Desse modo, o governo Invisibiliza as manifestações de pessoas negras que lutam para sua cultura ser valorizada e não se posicionam em relação ao racismo cometido, fazendo com que os cidadãos sofram com a falta de inclusão em cargos importantes. Além disso, é preponderante destacar que o corpo social vigente é individualista, fato que torna a relação passiva no impasse citado. Sobre isso, o sociólogo Bauman define que nós vivemos em uma "modernidade líquida", onde falta empatia e solidariedade. Os indivíduos não mostram interesse em relação a cultura negra por meio da falta de conhecimento sobre o assunto, acarretando ainda mais nos discursos de ódio e na marginalização de uma herança tal preciosa. Portanto, para amenizar essa barreira, o Ministro da Cultura, órgão federativo responsável pelos meios de comunicação, deve criar campanhas de conscientização efetiva por todo país. Trazendo consigo propagandas que promovem a inclusão por meio das redes sociais do Governo Federal e pelos canais abertos de televisão. Com essa medida em prática, os versos da música de Baco não retratarão a realidade de inúmeros brasileiros.