De acordo com a Constituição Federal de 1988, norma de maior hierarquia jurídica do país é assegurado ao brasileiro acesso a seus direitos humanos, como igualdade social. No entanto, no Brasil hodierno assiste-se a um flagrante desrespeito a carta magna uma vez que uma aluna não se encontra confortável diante de uma aula do qual o assunto estudado é a escravidão, e não vê o reconhecimento da cultura afro brasileira no ambiente de ensino.
Em primeiro plano, deve entender que a principal causa da herança africana não ter seu devido conhecimento como qualquer outra é a negligência governamental. Sobre isso, o filosofo libertario Bernett pontua que o Estado é incapaz de obedecer suas próprias leis. Desse modo, ainda que o governo tente minimizar o descaso pela cultura africana impondo medidas, tal ação não é o suficiente para a solução de impasses, revelando a persistência da luta dos africanos para seu reconhecimento.
Além disso, é válido ressaltar que a lacuna no sistema educacional potencializa essa conjuntura. Isso ocorre porque desde o século xx, o modelo tradicionalista de ensino, implementado por Getulio Vargas, fez o aprendizado através de temas transversais ser negligenciado, como consequência, forma-se um cidadão desinformado das crenças e heranças históricas de qualquer população, tendo seus conhecimentos reduzidos ao cotidiano.
Fica evidente, portanto, a necessidade de garantir o reconhecimento de herança ao povos africanos, no qual tem seus direitos de igualdade. Assim, o Governo Federal responsável por administrar os interesses públicos da nação, com o apoio do Ministério da Cidadania e o Ministério da Educação, a partir de medidas governamentais destinadas a pasta, deve disponibilizar palestras e incluir nas matérias de ensino o tema de culturas mundiais. A realização dessas ações tem como objetivo trazer o conhecimento de culturas mundiais e minimizar os desafios enfrentados por povos de pequeno reconhecimento mundial. Dessa maneira os cidadãos africanos e qualquer outro presente no Brasil, terá a garantia de seus direitos, objetivados pela Constituição.