"A cidade do Sol" é um livro escrito pelo filósofo renascentista Tommaso Campanella, no qual é representada uma sociedade perfeita e isenta de conflitos. Análogo à realidade brasileira, a sociedade descrita por Campanella não se retrata na população, visto que há desafios para a valorização da herança africana no Brasil, o que representa grave problema. Dessa forma, há que se combater a omissão estatal e a invisibilidade social.
Diante deste cenário, a negligência governamental impede a valorização da cultura africana. Sob essa lógica, segundo o filósofo John Locke afirma que o Estado existe para garantir os direitos naturais do cidadão. Ocorre que o ideal estabelecido por Locke não se retrata na sociedade contemporânea, haja vista a insuficiência de verbas públicas destinadas à valorização do legado africano. Desta maneira, não é razoável que a falta de reconhecimento da cultura africana permaneça em um país que almeja se tornar nação desenvolvida.
Ademais, a invisibilidade social inviabiliza o prestígio da herança africana no Brasil. Nesta ótica, segundo o pensador Zygment Bouman afirma que "Na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte". Nesse sentido, a sociedade brasileira não se sensibiliza com a falta de reconhecimento do legado africano, já que não há debate social sobre o tema na família e na escola.
É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas para combater a falta de valorização da herança africana no Brasil. Para isso, o Ministério Público juntamente com as escolas - Responsáveis pela transformação social - devem tomar medidas para reconhecer a cultura africana, bem como capacitar profissionais para ter conhecimento do tema e repassar o legado. Essa iniciativa ocorrerá por meio de palestras e oficinas, tanto em escolas ou em centros comunitários, com a finalidade de incluir a todos e espalhar conhecimento sobre a herança africana. Assim, o direito à cultura será assegurado, e o Brasil passará a se tornar uma nação justa e solidária.