No início do século XVI, o Brasil atravessou dois períodos que modificaram completamente sua história: seu Descobrimento e o Período Colonial. Este segundo trouxe ao país um estigma que ressoa incessantemente nos dias de hoje, pois, quando já não haviam maneiras de exploração aos povos nativos, a tropa portuguesa enxergou na África uma nova fonte de colonos. Por essa razão, o Brasil hodierno enfrenta desafios para a valorização da cultura destes povos, porque para haver herança reconhecida e valorizada, é necessário que, em primeiro lugar, haja reconhecimento destas pessoas como um povo digno aos olhos da sociedade, que foi destruído pela época colonial, que trouxe como bagagem desafios como o racismo estrutural e a intolerância religiosa.
Partindo deste princípio e de acordo com pesquisas levantadas pelo G1, é possível notar o impacto social gerado pelo racismo e o quanto ele ainda se faz presente na nação brasileira. Além disso, esta prática enfatiza o não reconhecimento social sobre os direitos e dignidade das raízes africanas e sucumbe tudo aquilo que delas é advindo: sua origem, seus valores, suas crenças, sua herança. Dessa forma, esta temática se torna sensível a um dos países que mais haveria de se posicionar, e que transformam os prejudicados em "gritadores silenciosos".
Ademais, juntamente com a prática racista, é notório o aumento da intolerância religiosa no Brasil, principalmente no que se refere às religiões de matrizes africanas. Entretanto, é válido ressaltar que grande parte deste preconceito se revela através das mídias sociais, onde as pessoas se sentem demasiadamente livres para expôr suas opiniões e seus pré conceitos. Desse modo, é preciso enfatizar que a religião e crença de um povo é uma das mais importantes heranças que ele pode carregar e devem ser respeitadas.
Portanto, para sanar esta problemática, O Governo Federal deve atuar com responsabilidade, no cumprimento rigoroso de leis que criminalizam tais práticas, além de criar e promover projetos que insiram de maneira acentuada a cultura africana na sociedade brasileira, para que sejam sucumbidos o racismo estrutural e a intolerância religiosa, e o respeito se sobreponha às diferenças.