Francis Bacon, filósofo do século XVII, desenvolveu o método indutivo, que parte de observações específicas para formular conclusões mais amplas. De maneira análoga, o Brasil enfrenta desafios para a valorização da herança africana, uma questão complexa que demanda uma análise cuidadosa em busca de soluções eficazes, considerando as diversas formas de organização social no país. Nesse contexto, é fundamental destacar o papel do governo e da mídia como pilares essenciais dessa problemática.

Primeiramente, o descaso governamental é um dos principais obstáculos a valorização á herança da África. Gilberto Dimenstein, em "Cidadão de Papel", destaca que o Brasil falha na aplicação dos mecanismos legais da Constituição de 1988. Pois, não capacitam professores sobre a importância das nossas raízes africanas. Deixando assim, um amplo vazio na base educacional, e não cumprindo seu exato dever. Corroborando a visão de Dimenstein.

Nesse sentido, a mídia desempenha um papel crucial nesse cenário. Pierre Bourdieu argumenta que ela deveria ser uma ferramenta de democracia, mas muitas vezes se torna um meio de silenciamento. Em vez de promover debates informativos sobre os desafios na valorização africana no Brasil, a mídia carece de conteúdo que estimule o senso crítico da população. Pois com informações necessárias, a população ficará informada sobre a importância de preservar as heranças deixadas pelos antepassados e não á condenalas com o preconceito.

Portanto, é vital que o Ministério das Comunicações convoque advogados e historiadores africanos, Com a colaboração de canais de televisão será possível promover uma discussão crítica e exigir ações efetivas das autoridades, como a formação de professores capacitados e a importância da igualdade em nossa sociedade. Assim, poderemos enfrentar os desafios para a valorização da herança africana no Brasil e garantir que a sociedade viva plenamente os princípios de um Estado democrático de direito.