No livro "Ensaio sobre cegueira", o escritor José Saramago expõe um ambiente caótico no qual toda a população encontra-se infectada pela "cegueira", não só física, mas também moral. Fora da obra, ao observar os desafios para a valorização da herança africana no Brasil como fato atual, nota-se que o país se assemelha a realidade vivida na literatura de Saramago, visto que, o povo adota um cultura passiva frente a problemática. Vale citar a negligência estatal e a influência midiática como partes causadoras desse entrave.
Inicialmente, se faz imperiosa que a inoperância governamental figura como primeira causadora dessa situação. Sobre isso, o filósofo Thomas Hobbes afirma em "Leviatã" que é dever do estado a garantia de preceitos civís aos cidadãos. No entanto, isso não acontece na prática, tendo em vista a falta de políticas públicas eficazes para amenizar esses desafios, isso pode ser comprovado nas tomadas de territórios africanos, onde esse grupo de indivíduos tem suas heranças tiradas de si. Com isso, fica claro que a falta de apoio do governo é um impecílio que deve ser intermediado.
Outrossim, é válido destacar a falta de engajamento social como um fator que corrobora o destaque dessa confusão. Fica claro, pois, a indiferença diante às dificuldades das valorizações das heranças africanas, invisibiliza formas de sua resolução, impedindo assim, a construção de uma sociedade promissora e atípica. Sob esse viés, é válido referenciar o professor israelense Kuvak Harari, o qual, na sua obra "21 lições para o século XXI" afirma que a sociedade não está atenta aos problemas do mundo, nisso adota uma postura passiva e apática para resolução dessas problemáticas.
Nesse exposto, fica evidente a necessidade de intervenção governamental em relação a sua resolução dos desafios para a valorização das heranças africanas. Por isso, se faz importante a ação do Governo Federal, juntamente com aos meios de comunicação - responsáveis pela disseminação de informações - promover palestras para resolução dessa questão. Demonstrando ao âmbito político e social a pacificação não só do descaso estatal, como também a falta de apoio midiático, acerca de melhorar a cegueira frente aos desafios.