A princípio, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todas as pessoas o direito a cultura. No entanto, os desafios para a valorização da herança africana no Brasil mostram-se uma problemática em meio a sociedade brasileira. Nesta perspectiva configuram-se como principais agravantes deste cenário, a omissão estatal e como consequência a extinção da cultura original africana no Brasil.

Em primeira análise, a omissão estatal configura-se como a principal barreira relacionada aos desafios para a valorização da cultura africana no Brasil. Dessa forma, o filósofo Thomas Hobbes defende em seu livro "Leviatã", a responsabilidade do Estado em proporcionar meios que auxiliem no progresso e no bem-estar populacional. Entretanto, o Jornal G1 da Rede Globo destaca a falta do estudo das culturas dos povos originários do Brasil nas escolas. Nesse sentido, segundo o economista Murray Rothbard, os agentes públicos possuem a tendência de priorizar a troca de apoio político, assim, deixando a população privada de direitos fundamentais, como a preservação cultural. Logo, é inadmissível a continuidade desta situação em meio a sociedade brasileira.

Ademais, engenha-se como consequência, a extinção da cultura africana original no Brasil. Desse modo, a novela "Escrava mãe" demonstra a vida da escrava Juliana, a qual é criada por sua avó de consideração, uma vez que seus pais foram forçados a virem para o Brasil para serem escravos, e lá foram submetidos à cultura e religião do homem branco, onde morreram por não negar sua cultura e fé. Dessa maneira, a cultura africana presente no país nos dias atuais é fruto da miscigenação, uma vez que os escravos eram obrigados a submeter-se a cultura do homem branco. Assim, mostra-se mister a reformulação da postura estatal.

Portanto, a omissão estatal precisa ser resolvida com urgência para haver a valorização da cultura africana no Brasil. Sob esse viés, é dever do Poder Executivo Federal por meio do Ministério da Educação, Incluir na grade curricular das escolas o estudo das culturas africanas. Tal ação deverá ocorrer por meio da elaboração de uma legislação que vise a valorização da cultura africana nas escolas de todo o país por meio do seu estudo nas escolas do Brasil. Somente assim o direito a cultura será efetivo.