A Constituição Federal de 1988 assegura a todos o amplo acesso à educação e à cultura nacional. Todavia, na prática, tal garantia é deturpada, visto que o contato com a educação por meio da valorização da herança africana no Brasil não tem sido efetuada na sociedade. Nessa perspectiva, esse panorama lamentável ocorre tanto em razão da negligência governamental, como também, devido ao déficit no ensino brasileiro em propagar os saberes territoriais. Diante disso, é preciso a resolução desse impasse, evitando assim, a progressão desse problema.
Em primeira análise, é essencial rememorar que a cultura nacional é pouco observada pelo Estado, uma vez que o crescente número de indivíduos que desconhecem sobre a construção do território brasileiro sob a ótica dos saberes e identidade africana, encontra-se indiscutível pelo meio estatal, ocasionando contratempos nos direitos civis, devido à ausência de trabalhos governamentais que promovam um ensino qualitativo frente a cultura nacional. Além disso, a ineficiência do ensino no âmbito escolar agrava a situação. Nesse viés, as entidades educacionais, responsáveis pela propagação da educação e aprendizagem, pecam ao não administrar conteúdos que demonstrem como os costumes africanos estão enraizados na sociedade, contribuindo para memória social.
Consequentemente, o problema está longe de ser resolvido, pois esse cenário nefasto acontece porque o governo não debater a respeito da herança cultural da África no país, já que o investimento em projetos que erradiquem ou diminuam a falta da valorização histórica que os africanos possuem para os cidadãos brasileiros, ocasionaria gastos governamentais numerosos, pois demandaria tempo e dinheiro. Ademais, segundo o filósofo Sêneca, "A educação requer cuidados, porque influi sobre a vida", entretanto, a população não tem tido um ensino de cuidados, visto que as organizações educativas, não cumprem o seu papel social, uma vez que propagam apenas conteúdos técnicos, esquecendo de ensinar sobre a cultura que permeia a memória do corpo social.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, é preciso que o Estado, em conjunto com o Ministério da Educação, garanta o acesso à educação, mediante políticas públicas que transfiram conhecimento sobre a identidade nacional, evitando com o que mais pessoas desconheçam sobre a construção dos saberes brasileiros. Assim como, tais órgãos governamentais, associados com mídias sociais, devem promover campanhas midiáticas que demonstrem a importância da cultura africana para o Brasil. Diante disso, chegar-se-á à realidade retratada na Constituição Federal Brasileira.