A música "Corra", do cantor Djonga, retrata o processo de exclusão da herança africana na sociedade brasileira, abordando como essa cultura é pouco representada no território nacional. A partir disso, evidencia-se a desvalorização da cultura de um povo que foi fundamental para a construção do Brasil. Nesse sentido, deve-se pontuar a negligência governamental no que concerne essa temática e seus impactos, bem como cabe destacar a persistência do racismo no país, que corrobora com esse cenário de apagamento.

Diante desse quadro, ressalta-se as mazelas e desafios para reverter o panorama de apagamento da herança africana no Brasil, sendo fulcral evidenciar que tal conjuntura ocorre devido ao racismo estrutural presente na comunidade brasileira. Assim, às práticas de origens africanas são frequentemente marginalizadas no imaginário social, que por sua vez, pouco explora a história africana, sua diversidade e importância na construção do país. Com efeito, tal herança é cotidianamente excluída e suas expressões são vitimadas pelo preconceito, tal como demonstra o livro "quem tem medo do feminismo negro", da escritora Djamira Ribeiro, no qual a autora aborda os casos de discriminação que a população negra sofre ao expressarem suas heranças africanas.

Ademais, salienta-se ainda a omissão dos Setores Públicos perante a recorrência dessa realidade, visto que diante da ausência de mecanismos para combater essa conjuntura esse tema é pouco recortado no território nacional. Assim, os meios governamentais, acabam corroborando com a invisibilidade desse grupo. Tal como também, fomentam ações preconceituosas.

Portanto, infere-se, que medidas devem ser tomadas para combater esse cenário. Para tanto, cabe ao Governo, como o Ministério da Igualdade Racial, criar projetos em escolas de modo a inserir nas grades histórias e valorização da herança africana no Brasil, promovendo a valorização dessa cultura. Assim, será possível dar representatividade para essa cultura no Brasil.