Promulgada, em 1988, a Constituição Federal garante a todos os indivíduos o direito as acesso às fontes culturais nacionais. No entanto, no atual cenário brasileiro , isso não é posto em prática visto que, as heranças africanas não recebem a devida valorização. Nesse contexto, fatores como a lacuna educacional em conjunto à omissão midiática não podem ser negligenciados uma vez que, são os principais desafios para a valorização desses povos.
Em primeira análise, é evidente a necessidade de um sistema de educação efetivo. Nesse sentido, de acordo com o filósofo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele" , porém esse conceito é distorcido na atual sociedade já que, com a falta de investimentos na área de ensino, a um agravante nos obstáculos - como baixo enfoque em aulas específicas sobre cultura africana - para a valorização dessa população. Com isso, acarretando a ignorância dos estudantes.
Além disso, o descaso dos meios de comunicação em relação à divulgação de eventos culturais, elevam a indiferença populacional. Ademais, ao contrario do que se entende acerca do papel da imprensa como quarto poder, segundo Edmund Burke, os cidadãos não possuem o acesso à diversidade de informações devido ao déficit de matérias jornalísticas a respeito do legado - hábitos culinários, costumes religiosos e tradições linguísticas - quanto aos povos africanos. Assim, o dever de guardiã dos propósitos sociais, são negligenciados pela mídia.
Portanto, a árdua realidade brasileira, no que concerne o valor das crenças e tradições afrodescendentes, é preocupante. Em suma, cabe ao Governo Federal - agente de maior âmbito nacional - aumentar as verbas destinadas ao ensino de histórias afro-brasileiras, por meio de arrecadações de impostos, a fim de minimizar a lacuna no meio educacional. Na sequência, elaborar campanhas - de tradições de matriz africana - visando a valorização, a fim de fortalecer as heranças tradicionais. Logo, o direito às fontes culturais será vigorado.