Na obra "Utopia" do escritor Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita com ausência de problemas e conflitos. Entretanto, ao observar os desafios para a valorização da herança africana no país, é digno de nota as barreiras enfrentadas para tal valorização atualmente, dentre elas, destacam-se o silenciamento midiático e a discriminação cultural.

Em primeiro plano, Hanna Arendt defende que, uma situação ruim repetida várias vezes se torna invisível. Sob esse viés, o silenciamento midiático causa a desinformação sobre a importância da herança africana para o país, assim criando barreiras para o reconhecimento dessa cultura.

Nesse prisma, a discriminação cultural é crucial para a agravação desse problema. Sob essa perspectiva, Einstein acreditava que, é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito. Consoante a isso é notável a carência de medidas governamentais para a implementação da herança africana nas escolas, e a criação de leis mais intolerantes a discriminação cultural.

Depreende-se, portanto, a importância de adoções de medidas para solucionar o problema. Cabe ao Tribunal de Contas da União direcionar recursos que, por meio do Governo Federal, sejam investidos em capacitação de docentes, para implementação da herança africana nas escolas. Dessa maneira, somente assim será efetivado a ideia de Thomas More em sua obra "Utopia".