A "teologia do traste", desenvolvida por Manoel de Barros, tem como principal característica da valor situações frequentemente esquecidas ou ignoradas. Portanto, seguindo essa lógica, faz-se necessário pontuar os desafios para valorização da herança africana no Brasil. Nesse sentido, é notório que isso ocorre devido à negligência fundamental, e ao silenciamento imediato.
Diante desse cenário, é fundamental destacar como parte do governo costuma lidar com esse empecilho. Isso porque, como afirmou Gilberto Dimenstien em sua obra "Cidade de papel", a legislação brasileira é ineficaz, embora aparente ser perfeita na teoria. Seja pela falta de ações governamentais para a proteção dessa herança, seja pela escassez de projetos que valorizam o passado da população africana, provando a ineficacia do estado em relação ao problema. Dessa forma, em razão da inobservância governamental, infelizmente, esse problema é agravado em meio coletivo.
Ademais, destaca-se a omissão midiática como outro fator ligado aos desafios para essa valorização. Segundo Aldous Huxley, "os fatos não deixam de existir só porque são ignorados". Sobre essa ótica, a declaração sobredita se aplica ao âmbito nacional. Haja vista que a mídia não aborda a importância de manter essa herança dos africanos no Brasil. Essa ignorância pode acabar colocando essa cultura no esquecimento, tornando mais complicado valorizar e manter essa cultura viva. Desse modo, com essa omissão, consequentemente esse problema perdura em solo brasileiro.
Portanto, é crucial alterar essa situação. Para que isso aconteça, a Mídia, em conjunto com o Governo - responsável por administrar a sociedade para manter o bem-estar - devem criar projetos para manter essa herança no Brasil, por meio de parcerias com plataformas midiáticas e campanhas nas escolas, promovendo conscientização sobre o tema, a fim de manter a cultura dos povos africanos no Brasil. Assim, dando a devida a valorização para esses desafios, pois considera aspectos impreteríveis conforme salientou Barros.