No filme “Estrelas Além do Tempo”, é retratada a história real de três mulheres negras que trabalharam na NASA durante a corrida espacial nos anos 1960. Mesmo sendo fundamentais para o sucesso das missões, Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson enfrentaram barreiras impostas pelo racismo e pelo machismo institucionalizados, sendo constantemente subestimadas e segregadas.
A sociedade contemporânea ainda carrega os resquícios de um passado marcado por exclusões e desigualdades, sobretudo em relação à mulher preta. Essa realidade é evidenciada no filme citado, onde, mesmo que fossem brilhantes, foram subjugadas por sua cor e gênero. Para conquistarem o reconhecimento por suas contribuições fundamentais ao avanço tecnológico, essas mulheres precisaram enfrentar duplas barreiras: o racismo e o machismo.
A obra, portanto, expõe como o apagamento histórico de mulheres negras é uma prática recorrente, que ainda se reflete nas estruturas sociais e profissionais atuais. Valorizar a mulher preta é, assim, não apenas reconhecer seus feitos passados, mas garantir que, no presente, ela tenha voz, espaço e oportunidades iguais em todas as esferas sociais.
Diante desse cenário, é necessário que o Estado atue de forma ativa para garantir a valorização da mulher preta na sociedade. Para isso, o Ministério da Educação deve implementar programas escolares que contemplem o ensino da história e cultura afro-brasileira, promovendo o respeito desde a infância. Por fim, poderiam haver campanhas midiáticas promovidas pelo Ministério da Igualdade Racial que destaquem a importância e o protagonismo dessas mulheres na construção do país.
Somente assim, com ações concretas e estruturais, será possível moldar uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária.