A valorização das comunidades e dos povos tradicionais brasileiros enfrenta obstáculos graves, como preconceito, falta de políticas públicas específicas e ameaças a seus territórios. Em resposta a esses desafios, artistas como Tasha & Tracie têm utilizado sua arte e influência para chamar a atenção à importância das culturas tradicionais e periféricas. Através de letras que exaltam o orgulho da ancestralidade e promovem a resistência, esses rappers e influenciadoras de São Paulo são destacados para a conscientização sobre a riqueza cultural dos povos marginalizados
O trabalho de Tasha & Tracie vai além da música: com o projeto de moda “Expensive $hit”, eles resgatam a estética afrocentrada e periférica, combatendo estereótipos e fortalecendo a identidade negra. Suas roupas e produções visuais refletem a conexão com a ancestralidade e desafiam o apagamento cultural que muitas vezes atinge essas comunidades. Em suas redes sociais, as irmãs abordam questões como racismo, desigualdade e representatividade, criando diálogos sobre a valorização das culturas tradicionais e periféricas, e incentivando os jovens a se preocuparem e se orgulharem. Apesar do alcance e da importância do trabalho de artistas como Tasha & Tracie, a valorização plena das culturas tradicionais depende de ações além do âmbito artístico. É necessário que o Estado desenvolva políticas públicas que garantam a proteção dos territórios tradicionais, a preservação dos saberes ancestrais e a inclusão da história desses povos no sistema educacional.
A luta pela valorização das culturas tradicionais e periféricas no Brasil é um processo complexo e contínuo, que exige o engajamento não só de artistas como Tasha & Tracie, mas também do poder público e da sociedade como um todo. Enquanto esses artistas desempenham um papel crucial ao dar voz e visibilidade às questões de identidade e ancestralidade, cabe ao Estado implementar políticas que assegurem o respeito e a proteção dessas culturas. Somente com a união entre a expressão artística e o compromisso governamental será possível construir uma sociedade que reconheça e celebre a diversidade cultural brasileira, promovendo inclusão, respeito e igualdade para todos os povos.