No ano de 1500 chegaram no Brasil os portugueses e com eles os escravizados vindos da África. Nesse contexto, a influência do pensamento eurocêntrico e o racismo desencadearam que os negros fossem oprimidos e proibidos de propagar sua cultura por ser considerada imprópria. Semelhantemente, no país a discriminação negra ainda é muito presente . Desse modo, os desafios para a valorização da herança africana no Brasil são notórios e motivados por fatores estruturais e sociais.
Diante do exposto, os povos africanos foram considerados impróprios e deixados às margens da sociedade desde o princípio. Contudo, sendo um dos povos mais explorados e sem quaisquer oportunidades socioeconômicas e políticas públicas proporcionadas pelo governo. De acordo com Bauman, "instituição zumbi" é aquela que não cumpre seu devido papel, ao passo que o Estado não cumpre seu dever ao não oferecer estrutura à população negra do país. Logo, as pessoas negra têm grande desvantagem em relação ao resto da população, reforçando o estereótipo do negro e sua cultura serem ruins.
Além disso, mesmo com parte considerável da população sendo de origem africana, a qual também é importante para a história do Brasil, a sociedade persiste em oprimir. Nesse sentido, o próprio país invalida parte de sua cultura. Segundo Boaventura, a democracia necessita de ser democratizada, algo paradoxal visto que ela já deveria ser democrática, assim como a própria cultura já teria que ser valorizada. Em síntese, a opressão cultural traz estigmas identitários à população.
Assim, com o intuito de diminuir os desafios para a valorização da herança africana o Estado, agente investidor, deve investir em políticas públicas voltadas para os negros e a propagação de suas heranças. Em adendo, a escola, agente formador de senso crítico, deve inserir no cronograma da matéria de história, a cultura negra. Portanto, haverá maior conhecimento sobre a cultura de origem africana, bem como a valorização da identidade do Brasil.