No Brasil, é evidente a necessidade de valorização das comunidades e dos povos tradicionais. Esses grupos possuem organização social própria e fazem uso dos recursos naturais para manter vivas suas expressões culturais, como é retratado no filme brasileiro Tainá. No entanto, o comprometimento falho do poder público e o constante desrespeito aos territórios tradicionais dificultam a superação desse desafio.
Diante do cenário exposto, cabe destacar que a falta de atuação efetiva do governo ainda é uma questão preocupante. Mesmo que a Constituição Federal garanta a segurança como um direito de todos os brasileiros e o Ministério do Desenvolvimento Social seja responsável por implementar políticas voltadas aos povos tradicionais, tais medidas não têm sido suficientes para impedir a violência contra essas minorias. Logo, a carência de punições mais rigorosas abre margem para a ocorrência de crimes, como o assassinato de membros do povo Yanomami, cometido por garimpeiros ilegais que não foram punidos.
Ademais, a disputa territorial configura um entrave à valorização desses grupos. Muitos povos tradicionais ocupam áreas visadas por fazendeiros, madeireiras e mineradoras, o que gera conflitos constantes. A ausência de reconhecimento da importância dessas comunidades para a biodiversidade agrava a situação, resultando em violações de direitos, perdas culturais e até mortes. Fica claro, portanto, que o conflito territorial exige soluções urgentes.
Portanto, é necessário agir para mudar essa realidade. O Ministério da Educação deve promover, nas escolas, a valorização dos povos tradicionais por meio de palestras extracurriculares, com a presença de pais e responsáveis, aos fins de semana. Essa ação visa conscientizar a sociedade e combater a marginalização desses grupos, contribuindo para a construção de um país mais justo, plural e respeitoso com suas raízes.