Em 1988, foi promulgada a Constituição Federal, com o intuito de garantir e assegurar direitos à população. Contudo, essa premissa não se verifica na realidade brasileira, uma vez que, há desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil. Com isso, emerge um entrave em virtude da insuficiência legislativa e da negligência governamental.

Sob esse viés, pode-se apontar como um fator determinante a insuficiência legislativa. Nesse contexto, relembra-se que o sociólogo Gilberto Dimenstein, em sua obra "O Cidadão de Papel", afirma que no Brasil as leis são inefetivas, gerando uma falsa sensação de cidadania. Tal inefetividade é nítida nos desafios para valorizar os povos tradicionais, visto que, o Poder Legislativo criou um projeto de lei que visa assegurad e garantir o desenvolvimento dos povos tradicionais, portanto, tal medida é inefetiva, pois eles não reafirmam a defesa do território ao qual os povos vivem e são à favor de projetos que podem vir a ameaçar as comunidades tradicionalistas. Assim, é urgente que a "cidadania de papel" — de que o jornalista falou — seja superada.

Outrossim, é imperativo ressaltar a negligência governamental como promotora do problema. Conforme o renomado filósofo Thomas Hobbes, "O Estado é responsável por garantir o bem-estar da população", entretanto, isso não ocorre na nação verde-amarela. Devido à falta de atuação das autoridades, o governo é imparcial e não garante a defesa e o tradicionalismo do corpo social negligenciado, uma vez que, segundo a Constituição, é dever do estado garantir e assegurar direitos a todos os cidadãos. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal urgentemente.

Portanto, é imprescindível atuar sobre esse problema. Para isso, o Poder Público deve criar políticas sociais através da implementação de programas educativos nas escolas públicas e privadas, para combater a desvalorização dos povos tradicionais que impera. Tal ação, pode ainda contar com pesquisas de caráter coletivo a fim de atender e priorizar as reais necessidades da população. Paralelamente, é preciso intervir sobre a negligência governamental que predomina. Desse modo, será possível tornad os preceitos da Constituição uma realidade mais próxima.