As favelas surgiram no Brasil no final do século XIX,com a migração de ex-escravos e trabalhadores rurais para as cidades em busca de melhores condições de vida após a abolição da escravatura e o êxodo rural. No contexto contemporâneo,a moradia nessas comunidades vem tornando cada vez menos acessível,devido à ineficácia das políticas públicas habitacionais e à persistente desigualdade social,que agravam ainda mais essa situação.
Sob esse viés,é essencial analisar como tais moradas são constantemente negligenciadas pelos órgãos públicos. A escritora Carolina Maria de Jesus,em" Quarto do Despejo",denuncia as precárias condições de vida nas favelas e a indigência poder público diante das necessidades básicas da população marginalizada,vez que essas entre outras manutenções são de responsabilidade governamental.

Além disso,a disparidade social é um fator determinante para a expansão deste problema. Esse desequilíbrio nas periferias reflete o que Pierre Bourdieu chama de capital cultural: a dificuldade de acesso à educação e a cultura que mantém as populações pobres em desvantagem. O que deixa a mostra a piramide em que se vive,onde que esta na base terá extrema dificuldade de subir.

Mediante ao exposto,é imprescindível que o poder Executivo Federal,em articulação com os estados e municipios ,faça a implantação de políticas habitacionais vitalícias,direcionadas a regularização urbana,de modo que os próprios moradores contribuam para transformação de suas moradas. Dessa maneira,poderá ser concretizado o ideal de justiça previsto na constituição,o que garante que o direito a uma moradia adequada,saia do papel e se torne concreta.