Segundo o jornalista e autor Gilberto Dimenstein, em seu livro "Cidadão de Papel" o Brasil é um país onde muitos diferentes existem apensas formalmente porque infelizmente não são cumpridos na realidade. Observa-se que a evasão escolar reflete a incapacidade do estado de garantia, na prática, o direito à educação previsto na Constituição. Assim dois grandes desafios devem ser debelados para a solução da problemática; o descaso governamental e a lacuna educacional.
Em primeiro plano, destaca-se o descaso governamental como um dos principais fatores para a evasão escolar. A ausência de investimento adequados em infraestrutura, alimentação e transporte escolar faz com que muitos estudantes, principalmente os de baixa renda, enfrentem dificuldades para frequentar as aulas. Além disso, a falta de políticas públicas que garante o acompanhamento psicopedagógico e social dos alunos contribuem para o abandono precoce da escola. O renomado sociólogo Émile Durkheim disse "A educação é o meio pelo qual a sociedade prepara, em casa criança, o ser social que é útil à coletividade". Ou seja quando o Estado negligência o acesso a qualidade de educação, ele compromete não apenas o desenvolvimento individual, mas também o equilíbrio social. De igual mofo a omissão do poder público agrava a desigualdade educacional e perpétua o ciclo de exclusão no país.
Ademais a lacuna educacional presente em muitas escolas públicas no país contribui significativamente para esse problema. Essa discrepância de ensino provoca dificuldades de aprendizagem, desmotivação e frustração entre os estudantes, tornando-os mais propensos a abandonar a instituição de ensino. Nesse contexto é pertinente mencionar o pensamento de Paulo Freire "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda" Isso evidência mais uma vez que a ausência de uma educação de qualidade compromete a transformação social.
Portanto o descaso governamental e a lacuna educacional configuram-se os desafios para combater a evasão escolar no brasil. Nessa ótica, o governo - órgão responsável pelo bem estar dos indivíduos - juntamente com o ministério da educação devem investir em políticas públicas eficazes como; incentivo financeiro, programa pedagógico, melhora da infraestrutura e ações de inclusão e busca ativa de jovens alunos que estão fora da escola. As escolas também devem falar e orientar os jovens sobre a importância da educação para o bem individual e social. O programa deve ser implementado de forma gradual pelos próximos três anos, assim espera-se uma maior permanecia de estudantes nas escolhas e redução da desigualdade educacional.