Conforme a Constituição Cidadã, assim conhecida por ser concebida no período de redemocratização, a educação é um direito fundamental. No entanto, tal prerrogativa não é efetiva no corpo social uma vez que a evasão escolar ainda se configura como um dilema na conjuntura contemporânea. Com efeito, é relevante discutir sobre a omissão estatal bem como a ingressão precoce no mercado de trabalho.
Em primeira análise, a negligência do Estado é um dos principais contribuintes para o agravamento do panorama hodierno. Nesse sentido, nota-se um comportamento de descompromisso das autoridades frente à problemática da evasão nas escolas uma vez que não há investimento na reformulação do sistema educacional, na formação de um corpo docente qualificado por exemplo, e na construção de edifícios, dado que a queixa de muitos estudantes é o deslocamento dispendioso. Dessa forma, é inadmissível que o Estado, enquanto instituição responsável pela garantia do bem - estar social, contribua para o cenário evasivo.
Ademais, outro fator relevante é a ingressão precoce no mercado de trabalho. Muitos jovens se inserem prematuramente no campo profissional devido ao ambiente de vulnerabilidade socioeconômica que estão concebidos. Pela falta de escolaridade e de conhecimentos técnicos, a maioria pertence ao setor informal, reflexo da má distribuição de renda ,que contribui para o ciclo de desigualdade social. É preciso a atenção do Estado para a resolução da problemática vigente.
Portanto, é necessária a criação de alternativas eficazes para amenizar o dilema supracitado. Cabe ao Ministério da Educação, órgão responsável pela promoção de um ensino de qualidade, a reformulação da Base Nacional Comum Curricular, com o intuito de proporcionar a discussão de temas relevantes para o cenário globalizado com os alunos e tornar o ambiente escolar mais interessante e inclusivo a fim de despertar o interesse pelo contexto acadêmico e garantir a educação a todos os indivíduos conforme previsto pela Carta Magna brasileira.