Sob essa perspectiva, é relevante destacar que a violência doméstica contra crianças está enraizada em fatores culturais e estruturais. De acordo com o filósofo Michel Foucault, o poder se manifesta de forma disciplinadora em diversas instituições, incluindo a família, o que pode justificar a perpetuação de castigos físicos e psicológicos como formas de "educação". Essa lógica autoritária reforça a ideia equivocada de que a criança não é sujeito de direitos, o que contribui para a normalização dos maus-tratos no ambiente doméstico. Além disso, estudos indicam que crianças expostas à violência familiar apresentam maior propensão ao desenvolvimento de transtornos como depressão, ansiedade e comportamento agressivo na vida adulta, evidenciando o impacto social desse problema.
Outro desafio crucial é a dificuldade na identificação e denúncia dos casos de violência doméstica contra crianças. Segundo dados do Disque 100, milhares de casos são reportados anualmente, mas muitos permanecem ocultos devido ao medo de represálias, à dependência financeira das vítimas em relação aos agressores e à desinformação da população sobre seus direitos. Além disso, a impunidade e a morosidade do sistema judicial agravam a situação, tornando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ineficaz na proteção integral dos menores. A ausência de fiscalização adequada e a falta de políticas públicas efetivas dificultam a interrupção desse ciclo de violência.
Portanto, para mitigar esse problema, é fundamental que o Governo Federal, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, amplie campanhas de conscientização sobre a violência doméstica contra crianças, promovendo a disseminação de informações em escolas, redes sociais e meios de comunicação de massa. Além disso, o Poder Legislativo deve reformular o ECA para garantir penas mais rígidas aos agressores e tornar obrigatória a capacitação de professores, profissionais da saúde e assistentes sociais para identificar sinais de abuso e encaminhar os casos às autoridades competentes. Essas medidas, aliadas ao fortalecimento de redes de acolhimento para vítimas, contribuirão para a erradicação desse problema e garantirão um futuro mais seguro para as crianças brasileiras.
-
C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
-
C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
-
C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
-
C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
-
C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.
O texto apresenta domínio da norma-padrão, com apenas um deslize de concordância – na frase “a criança não é sujeito de direitos”, sugerindo “a criança não é sujeita de direitos”. A redação demonstra boa compreensão do tema, organização das ideias, argumentação consistente e uso adequado de conectivos. A proposta de intervenção inclui agente, ação, meio e finalidade de forma detalhada.
Para uma correção mais robusta e comentários mais detalhados, use o Selo de Apoiador clicando no botão Desbloquear (logo acima) ou conquiste o Selo de Prioritário interagindo com outros usuários.