A questão dos desafios para combater as queimadas no Brasil encontra-se conturbada, a despeito do Artigo 60 da Constituição Federal de 1988, que prevê como inerente a todo cidadão brasileiro o direito à saúde e à segurança. Dessa forma, observa-se a quebra da Emenda Constituinte visto que os incêndios causam grandes danos à saúde da população, como problemas respiratórios e ameaçam à segurança, como é o caso da destruição de moradias. Logo, é preciso buscar soluções para esse imbróglio causado pela banalização social e pela negligência governamental.
Primeiramente, de acordo com a tese Banalidade do Mal de Hanna Arendt, houve a normalização dos males pela sociedade devido à massificação que aliena e a torna incapaz de julgar moralmente determinados atos. Sob esse viés, ao associar as ideias da filósofa com os desafios para combater as queimadas no território de Vera Cruz, observa-se a normalização dessas combustões pelos brasileiros, já que se tornou um fato corriqueiro e que ocorre frequentemente pelas próprias mãos da população. Assim, é evidente que a banalização social gera as queimadas, que por sua vez têm efeitos significativos no ambiente, como o aumento do efeito estufa, a morte de milhares de animais e até mesmo de seres humanos.
Em segundo lugar, conforme o pensamento de Peter Townsend, o governo silencia determinados problemas, deixando-os em situações de negligência. Analogamente ao pressuposto, nota-se que isso ocorre com as queimadas, visto que o descaso se dá no âmbito da criação e realização de leis e normas competentes, dado que geralmente são as pessoas que cometem esse crime e saem impunes, ou então nunca se sabe quem de fato o fez. Nesse ínterim, a negligência governamental faz com que os incêndios continuem a crescer, gerando então, o agravamento da saúde populacional, como problemas respiratórios, irritação nos olhos e na garganta, alergia na pele e até mesmo complicações cardiovasculares.
Portanto, é imperioso o combate aos desafios para enfrentar as queimadas no Brasil, para proporcionar um futuro melhor ao país. Para isso, é papel do Ministério da Educação, órgão responsável pelo ensino de qualidade do país, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, responsável por proteger os recursos naturais, promover campanhas de conscientização sobre a importância da natureza para a vida do planeta. E também criar leis adequadas e fiscalizar o seu uso corretamente, para que assim, os criminosos não saiam impunes. Somente assim, essa vicissitude amenizar-se -á.