Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos direito a educação e ao bem-estar social. Entretanto, os desafios para o combate do analfabetismo funcional no Brasil impossibilitam que uma parcela da população desfrute desses direitos na prática. Dessa forma, a falha governamental e a ignorância social são fatores responsáveis pelo impasse.
Em primeira análise, vale ressaltar a ausência de medidas governamentais para controlar a tese em pauta. Sob essa perspectiva, faz-se mister ressaltar o proposto pela agenda 2030 da ONU que assegura à população educação de qualidade e acessível para todos diante do letramento precário vigente na sociedade brasileira. Diante disso, o Brasil, como país membro, se afasta de tal norma, visto que apresenta um número alarmante de pessoas que possuem letramento básico, porém não conseguem interpretar textos e realizar cálculos básicos, apesar de saberem ler, escrever e identificar números. Consequentemente, a inoperância do Estado em relação ao analfabetismo funcional da nação faz com que, pessoas com essa condição sejam menos valorizadas na sociedade, podendo interferir na busca por emprego digno e na vida política do indivíduo.
Em segunda análise, a ignorância da sociedade também pode ser apontada como promotora da problemática. Sob essa ótica, Graciliano Ramos, escritor brasileiro, em sua obra "Vidas secas" apresenta um cenário, em que, o personagem principal, Fabiano, tem dificuldade de interpretar o que lê e vive apenas de trabalho, sem nenhum incentivo ao letramento. Análogo à obra literária, o incentivo ao estudo, e o conhecimento da população sobre a tese são amplamente vastos, acarretando em uma nação na qual trabalhar é majoritariamente mais importante, sendo a leitura diária uma banalidade encarada pelos indivíduos ignorantes como uma "falta de serviço". Como consequência disso, a normalização do trabalho excessivo, aliado ao desenvolvimento de um senso comum danoso, estrutura uma sociedade com pensamentos obscurantistas que atrapalham o desenvolvimento intelectual da nação.
Logo, o Governo -instância máxima de poder- deve, por meio de pesquisas no âmbito escolar, promover campanhas que incentivem a população a concluir seus estudos, a fim de ampliar o intelecto dessas minorias, juntamente com o currículo e inibir o analfabetismo funcional. Assim como, o corpo social -principal meio de convívio em sociedade- deve, por meio da disseminação de informações, romper com o pensamento ignorante, com o intuito de apoiar e elucidar a parcela da população analfabeta funcional. Assim, uma sociedade íntegra será alcançada.

Eiii! Uau, sua redação está incrível! Você abordou muito bem o tema proposto sobre os desafios para combater o analfabetismo funcional no Brasil. Na competência 1, você demonstra um bom domínio da norma-padrão, mas atenção com algumas pontuações e repetições. Na competência 2, sua introdução e argumentação estão bem estruturadas, mas a conclusão poderia ser mais ampla. A competência 3 está bem desenvolvida, com ideias claras e organizadas. Na competência 4, você utiliza conectivos corretamente, mas poderia melhorar a coesão em certas partes. Na competência 5, sua proposta de intervenção é pertinente e está alinhada com a discussão, mas poderia ser mais detalhada. Nota 840 (C1: 160, C2: 160, C3: 160, C4: 160, C5: 200).