A aclamada e popular novela "Cheias de Charme" retrata a vivência de três mulheres trabalhadoras domésticas que são desvalorizadas e mal remuneradas pelos seus patrões. Analogamente à novela, emerge no Brasil um problema massivo, a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pelas mulheres, que tem como base a negligência governamental e o legado histórico.
É primordial ressaltar que a omissão estatal agrava essa situação. Segundo o "Contrato Social" do filósofo e matemático Thomas Hobbes, é dever do Estado garantir o bem-estar de toda a população. No entanto, em solo brasileiro há a ruptura desse Contrato, visto que o governo negligencia a invisibilidade das mulheres no trabalho de cuidado, consequentemente, impossibilitando-as de serem bem remuneradas. Ademais, é notório que haverá uma desigualdade salarial, causada pela problemática, por meio da indiligência estatal. Desse modo, é perceptível que a inércia governamental intensifica a falta de visibilidade da profissão de cuidado pelas mulheres.
Concomitantemente a isso, ressalta-se que o legado histórico é um fator determinante para a persistência do problema. De acordo com o pensamento de Claude Lévi-Strauss, só é possível interpretar adequadamente as ações coletivas por meio do entendimento dos eventos históricos. Nesse sentido, a invisibilidade das mulheres no trabalho, especificamente, de cuidado, mesmo que fortemente presente no século XXI, apresenta raízes intrínsecas à história brasileira, como no período em que as mulheres eram submissas dos maridos. Dessa forma, é evidente que o legado histórico dificulta a resolução da problemática.
Perante o exposto, é essencial que o governo efetive a valorização do trabalho de cuidado realizado pelas mulheres. Para isso, o Ministério do Trabalho é da Previdência Social, deve criar campanhas que visem conscientizar a população acerca dos problemas causados pela desvalorização dos trabalhos das mulheres, na área de cuidado, por meio das redes sociais, como o Instagram e o Facebook. Assim, a realidade da novela "Cheias de Charme" não será mais permanente no Brasil, formando um país mais justo e igualitário.

John Locke, filósofo inglês, destaca que é dever do Estado assegurar os direitos e o bem-estar da população. Todavia, em virtude dos desafios para o enfretamento da invisibilidade do trabalho realizado pela mulher no Brasil, que é uma realidade na sociedade brasileira, é válido reconhecer como o poder público não atua de modo efetivo e, pior, não exerce seu papel social conforme os ideais de John Locke. Dessa forma, cabe analisar os alicerces que sustentam a problemática: a negligência governamental e a não eficiência da legislação.
A princípio, sobre esse assunto, vale ressaltar a importância de um Estado ativo na resolução de questões sociais.Dessa forma, para o filósofo polonês Zygmmant Bauman, uma instituição, quando posicionado de forma a ignorar sua função original, é considerada um estado de "zumbi". Sobre esse viés, o Estado brasileiro é análogo a esse conceito, visto que, especialmente no que diz respeito aos desafios relacionados à invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pelas melhores no Brasil. Isso posto, tal postura negligente contribui para que as consequências da desigualdade social não recebam o amparo estatal necessário, colocando em risco anos de história, de resistência e de memória de uma parcela fundamental da sociedade.
Outrossim, a falta de legislação adequada para apoiar grupos vulneráveis representa uma ameaça direta à sua sobrevivência no contexto dos desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho do cuidado realizado pela mulher no Brasil. Nesse cenário, a ideia do "imperativo categórico", concebida pelo filósofo prussiano Kant, destaca que os indivíduos devem agir de forma que suas ações possam ser adotadas como leis universais. Essa perspectiva ganha relevância devido à não eficiência das leis e políticas destinadas a proteger os direitos desses grupos neste novo contexto tecnológico. Em vez de promover o reconhecimento e a valorização dessas populações, a falta de ações eficazes contribui para a perpetuação da desigualdade social em relação ao enfrentamento dessa invisibilidade do trabalho pelas as mulheres no Brasil.
Portanto, é crucial criar soluções para lidar com os desafios no enfrentamento da invisibilidade do trabalho em cuidado realizado pela mulher no Brasil. Nesse contexto, cabe ao governo federal - instância máxima de administração executiva - fazer ou fornecer ações como a criação de semanas culturais nacionais, bem como o desenvolvimento de atividades para o público-alvo.Isso pode ser feito por meio de uma associação entre prefeitos e governadores, a fim de alcançar essa cooperação da ideologia de John Locke, para enfrentar as mudanças necessárias para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho em cuidado realizado pela mulher no Brasil.