A música “Do que adianta ser bonita e ser analfabeta?” tornou-se viral nas redes sociais de forma irônica e pejorativa. No entanto, essa expressão evidencia como a sociedade brasileira, em vez de reconhecer o problema, ridiculariza aqueles que enfrentam dificuldades na escrita. Portanto, é necessário revisar as falhas no sistema educacional e a falta de conscientização sobre a desigualdade social como causas dessa problemática.
Em primeiro plano, é importante destacar que a insuficiência educacional agrava os desafios para a erradicação do analfabetismo. Nesse sentido, a Lei do Estatuto da Criança e do amAdolescente, e seu artigo 53, assegura o direito à educação com igualdade de condições para acesso na escola. Entretanto, a realidade brasileira ainda está distante dessa garantia. Tal realidade se manifesta por exemplo, que em 2023 aproximadamente 619 mil crianças e adolescentes no Brasil estavam em situação de “privação extrema da educação”.
Paralelamente, a Constituição Federal de 1988 estabelece, em seu artigo 6º, a educação como um direito fundamental para todos os cidadãos. No entanto, as desigualdades sociais e econômicas ainda dificultam a igualdade de acesso à educação. Tal realidade pode ser verificada, por exemplo, no Estado do Maranhão, onde a taxa do analfabetismo chega a 17,3% , com grande parte da população vivendo em condições de extrema pobreza. Assim a desigualdade social continua a dificultar a erradicação do analfabetismo no Brasil.
diante desse cenário, fica evidente que o Ministério da Educação deve implementar programas de alfabetização por meio da expansão de escolas em tempo integral para fortalecer o ensino as populações de vulnerabilidade social. Em parceria, o Ministério da Cidadania deve incluir programas de transferência de renda, afim de assegurar que as crianças e jovens possam focar nas escolas, garantindo o direito à educação e combatendo o analfabetismo no Brasil.