Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à segurança individual e ao bem-estar social. No entanto, a falta de privacidade de dados e crianças e adolescentes impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que o título de uma sociedade com integridade seja alcançado.

No contexto da pandemia do covid-19 por exemplo, em que as crianças e adolescentes foram praticamente empurradas aos meios digitais, muitas delas acabaram divulgando dados pessoais em sites públicos, possibilitando que qualquer internauta soubesse de suas informações.

É evidente que o problema mencionado se deve ao fato de as crianças e adolescentes poderem facilmente mudar a sua data de nascimento ou pior, forjar o consentimento dos pais para terem acesso a conteúdo e aplicativos que sejam de seu interesse, representando uma grave falha no sistema de verificação da autenticidade da idade informada ao criar a conta.

De fato, é dever dos pais monitorar as atividades dos seus filhos nas redes sociais, porém,além disso, é de total responsabilidade da plataforma criar mecanismos de segurança eficazes para impedir a ocorrência dessa situação. Por isso é de extrema importância que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação junto a empresas de mídias sociais, invistam em sistemas de verificação mais rigorosos em todos os aplicativos e sites que pedem dados pessoais, como a verificação de duas etapas identificação por foto e autenticação dos pais. Dessa forma, crianças e adolescentes terão a proteção de informações no meio público, colocando na prática o que está vigente na Declaração Universal dos Direitos Humanos.