Segundo a filósofa Hannah Arendt, as mulheres são privadas na visibilidade, infelizmente mesmo quando merecem ser vistas são invisíveis. Nesse prisma, destacam-se dois aspectos a desigualdade social e a desigualdade de gênero como os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil.

Em primeira análise, destaca-se a desigualdade social nos desafios no enfrentamento a invisibilidade no trabalho de cuidado realizado pela mulher. Nota-se que as mulheres em situação de pobreza são invisíveis para a sociedade. No Artigo 5 da Constituição Federal de 1988, "Todos são iguais perante a lei", mas a desigualdade social prova o contrário. Nesse sentido a lei presente na Carta Magna deve ser respeitada e todos devem ser tratados como iguais.

Ademais, vale ressaltar que a desigualdade entre homens e mulheres é um dos desafios para invisibilidade da mulher no trabalho de cuidado. Na série canadense "Anne with an " E " , A protagonista Anne relata que as mulheres são capazes de fazer tudo que um homem faz. Fora da ficção, entende-se que as mulheres são menosprezadas pelo seu sexo, sendo invisíveis para a sociedade. Assim, nota-se que a sociedade machista não valoriza a participação das mulheres no trabalho.

Portanto, medidas são necessárias para solucionar os desafios da invisibilidade da mulher no trabalho de cuidado no Brasil. O Poder Legislativo deve promover salário mínimo para as mulheres que realizam trabalho de cuidado e trabalho doméstico, por meio de leis trabalhistas que garanta o direito de receber pelos seus serviços, a fim de tornar visível trabalho de pregado realizado pela mulher. Dessa maneira as mulheres não serão privadas da visibilidade.