A declaração universal dos direitos humanos de 1948 garante em seu art. 25 todos os direitos fundamentais à população, incluindo a moradia. Contudo, a realidade brasileira revela que tais garantias nem sempre são efetivadas, sobretudo quando se analisa a questão referente aos desafios para a moradia digna no Brasil. Esse contexto evidencia um cenário alarmante, marcado pela desigualdade social de acesso e pela negligência do governo em relação a essa problemática.
Em primeiro plano, observa-se que essa problemática está intimamente ligada à desigualdade de classes. Enquanto muitos indivíduos sobram dinheiro, outros moram em casas de barro, de madeira ou até mesmo de baixo da ponte. A canção "A casa" do desenho animado galinha pintadinha, traz essa mensagem quando diz "era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada..." Sob essa ótica é possível enxergar como está o atual contexto da sociedade, evidenciando que esse problema vem gerando impactos negativos sobre a população.
Além disso, a ausência de políticas públicas agrava cada vez mais a situação. Neste viés, o programa do governo Minha Casa Minha Vida, não foi capaz de suprir a necessidade da população. Esse cenário configura descaso diante dos princípios da declaração universal dos direitos humanos. Na obra "Diário de uma Favelada" de Carolina Maria de Jesus, é retratado como vivem as pessoas com um estado de moradia ruim. Onde as consequências são a fome, falta de oportunidade, preconceitos,entre outros. Posto isso, se o governo implementasse programas capazes de suprir a necessidade da população, seria possível reduzir o número de pessoas com moradias ruins e sem moradia.
Portanto, é imprescindível que o estado, por meio de órgãos competentes como o ministério dos direitos humanos e cidadania desenvolvam programas que promovam a redução da falta de moradias e qualidades ruins de vida. Tais iniciativas devem ser amplamente divulgadas em comunidades, praças e meios de comunicação, a fim de atingir diferentes públicos. Ademais, a sociedade civil precisa engajar-se em práticas que estimulem a igualdade social e a empatia. Assim, será possível superar os entraves relacionados aos desafios à moradia digna no Brasil e consolidar uma nação mais justa e igualitária.