No filme "Dois corações" o personagem Jorge sofre com problemas pulmonares e sua única chance de sobreviver é receber a doação de um pulmão.
Nesse sentido, a baixa taxa de doadores de órgãos também é realidade e representa um grande problema social. Deste modo, a solução do problema exige que se combata a desigualdade e que melhorem os meios de informação.
Diante desse cenário, a parcialidade social contribui para a restrição de doações e transplantes de órgãos.
À vista disso, em 1990, o economista Amartya Sen escreveu o livro "desenvolvimento como liberdade", a partir do qual a riqueza está intimamente relacionada ao acesso à saúde.
Portanto indivíduos que necessitam de doações e transplantes e são desprovidos de dinheiro, terão de recorrer a serviços de saúde pública que, em sua maioria, não tem eficácia, levando assim o indivíduo a óbito antes mesmo de receber o órgão doado, comprovando então a ideia apresentada por Sen. Assim enquanto o capital influenciar fortemente a área da saúde, a desigualdade continuará.
Ademais, a ineficiência da mídia ao passar informações contribui para que haja menos doadores de órgãos. A mídia é essencial para a divulgação de informações, deve haver mais campanhas e debates sociais sobre a importância de doar órgãos, isso deve ser debatido em casa e nas escolas, Mitos devem ser desmentidos, Enquanto isto não for feito, a taxa de doações é transplantes de órgãos não deve subir.
Sob este viés, o estado, com seu papel administrativo deve melhorar à área da saúde e fazer o possível para diminuir a fila de espera de órgãos, e as escolas, no seu papel educacional, devem fazer campanhas e projetos pedagógicos ensinando a importância da doação de órgãos, fazendo assim com que a taxa de doadores aumente, garantindo que o triste fim de Jorge, em breve, seja apenas ficção.